quinta-feira, 7 de abril de 2011


É tudo que eu sempre quis: o direito de peidar, cagar e mijar. E ter dinheiro pra comer.

O grotesco fim do nada é o fim do tudo,
somos nada ou somos somente o aqui,
um zero,
um ponto,
um ponto cada vez maior,
um ponto zero
e/ou só um zero.

Somos o que somos,
é por que é por que é pro que é

Talvez uma interrogação viva, sempre o nada.
Sempre preenchendo o vazio do nada.

Por mais cheio, está lá querendo mais:
Mais nada. Um lá como aqui.

Tenho tudo. Mais nada.
Só o hoje e o amanhã, só você
Só todos nós e você
Só agora o aqui
Nunca o lá
Sempre aqui você
Ninguém mais. Mais nada.

Só o hoje e o amanhã
vivendo do passado.

Quem pode nos salvar do nada,
quem somos nós além da existência do porquê somos nós
E, assim mesmo, é você.

Eu sou ele, você é ele, eu sou você como você é ele.
E ninguém quis ser mais eu

Porque é tudo que eu sempre quis
O direito de peidar, mijar e cagar
E ter o dinheiro pra comer.

Você sou eu mesmo não querendo ser
Porque eu sou ele
Ele é você

E é aí que a gente se encontra.
Ninguém quer saber, todos nos deixam:
Eu sou você, e você sabe.



Um comentário:

Saldanha Machado disse...
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