Seis da manhã. Preguiçosa, Luz fica mais alguns instantes na cama. Os primeiros raios de sol invadem o quarto por um pequeno espaço entre as cortinas. Luz acende um cigarro e vai à janela - seu "observatório secreto". Está nua. Lá fora, a cidade em frenesi. Ônibus abarrotados, nas ruas, carros disputam o tempo num buzinar, acelerar e frear caóticos.
A janela está fechada. Luz também. Fechada e silênciosa.
Aos poucos, a quietude inunda as ruas e as pessoas. O mundo fica em câmera lenta. Diante de tantas cenas, entre invisíveis e anônimos, um velho de bengala atravessa a rua. Pombos voam. Uma folha se desprende do galho. Suave flutua, e pousa com delicadeza no espelho d’água a ser construído na Praça Osório.
Luz acorda. É segunda-feira. Faltam alguns minutos para o despertador tocar.
A janela está fechada. Luz também. Fechada e silênciosa.
Aos poucos, a quietude inunda as ruas e as pessoas. O mundo fica em câmera lenta. Diante de tantas cenas, entre invisíveis e anônimos, um velho de bengala atravessa a rua. Pombos voam. Uma folha se desprende do galho. Suave flutua, e pousa com delicadeza no espelho d’água a ser construído na Praça Osório.
Luz acorda. É segunda-feira. Faltam alguns minutos para o despertador tocar.
