quinta-feira, 24 de setembro de 2015

blog do meu amiigo pedro de campos

http://vozesdigitais.blogspot.com.br/

domingo, 5 de agosto de 2012

sábado, 24 de março de 2012

Nenhuma palavra é definitiva

Nenhuma coisa é só ela,é tão difícil quanto fácil.
Você escolhe
você determina
você resolve
você faz, ou cala.
Simples!
simples, e se quiser
difícil.
 Leva muito tempo para se controlar,
para dar peso ao que precisa e retirar do que não merece,
e por aí afora.
O universo, está aí para te mostrar que, você tem as mesmas chances apostando em um ou outro polo.


 Masturbação inútil
ficar contabilizando vida.
Viva,
viva,
sinta!
O resto é merda.
A arte 

é
 merda,
é ego
é cobiça
é luxúria
é vaidade
é lixo.
Quer ouvir Bach,
ouça
mas não se esqueça que Bach 

não é um deus
um santo.
Quer ouvir Mozart
idem.
Quer ler,
escrever,
entrar para a academia de letras,
entre!

Não tente se santificar.

 o que significa quando um sujeito chega para você e diz:
Tudo é uma ilusão,
ser alguma coisa é uma ilusão.
Quer ser, seja!
Mas é uma ilusão.
Coma uma maçã,
sinta o cheiro dela.
Cuspa as sementes na cabeça do vizinho,
jogue futebol,
Enfie ela no bolso da calça e fique em pé num ônibus!
encoste ela nos lábios e não morda!
Isso é apenas uma maçã, e você poderia passar sua vida encontrando 

coisas para fazer com ela.
Quer me dizer que a vida de um ícone é exemplar?
Exemplar de que?
Da repetição
repetição
repetição
repetição...?
O Pé da fórmula perde trilho, e não deixa de ser aquilo que lhe caracteriza.
Mozart com seu tum tum tum
Beethoven com seu tan tan tan
Chopim com seu tin tin tin
Hemingway com suas vírgulas
Joyce sem vírgulas
 Santificados bla bla blás...
 

sábado, 22 de outubro de 2011

terça-feira, 20 de setembro de 2011

CAFÉ DA MANHÃ

 O ovo estremece, borbulha.

 Me vejo frito.
 Um dançarino no bule.
 Fogo, gás, coreograficamente decididos
 a me matar, banir do mundo.
 Abdômen -Sumidouro.
 Compota na lata.
 Desejo de sugar sem compaixão.
 Encurralado, bronzeado, (óleo), fervendo.
 Exposto feito um mapa, pontos assinalados,
 como se tudo fosse certo.
 Sorvido por uma boca que me dói,
 passa a língua, cicatriza, depois faz jejum.

sábado, 6 de agosto de 2011

NA VERDADE

Na verdade

Sempre, nunca e talvez, juntos numa dança de pequena monta. Zero mais zero modificando a inércia. Uma dança em que você fica parado. “Planta grama se tem cimento”, “faz tudo errado”, “tenta alguma coisa pra não parecer infeliz”, alguém diz:

É você ainda, um alguém tão como você, um você eu

que me chama para o luto na maior alegria,

como se fosse um alívio ser você,

ontem à noite.



Se eu fui você, foi há muito tempo (atrás).

Ontem mesmo era você, ninguém mais na rua, só você.

Só ou você é a mesma coisa. Eu também não sei.

Acho que é assim, um assim mais ou menos, pra menos mas, vai levando devagar, parece querer, mas mais atua, mais segue um caminho inesperado. Não quer nada, quer ser você, por que te admira. Fala nessa boca, tudo suspirado no ouvido por que vem da cabeça, é você lá. Um aqui deeeesse tamanho! Um aqui cada vez mais perto. Dois três

(e vai contado quanto tempo precisa pra...



Eu nunca quis ser você, nunca! Na verdade, eu nem tive escolha, quando me dei conta estava lá, fazendo tudo igual. Somando-se os zeros, talvez, todo esse nada um dia, sempre por vir, venha a ser alguma coisa. Nada. Somente uma trégua entre a paciência de um cigarro fumado como se fosse o último e a tempestade que chega inundando o enésimo andar de nossas vidas com a vontade de mais e mais. Mais o ques? Nada! Tudo? Tudo esta por vir, virá. Eu era você ontem à noite,. Tentei disfarçar, e você esquecer. Justiça seja feita, somos feitos a imagem e semelhança
Menos eu sou você.

domingo, 31 de julho de 2011

Eu não sou você!

Madrugada. Insônia, café, chá. Unhas roídas e memórias remoídas. Há uma goteira no meio do quarto, eu a contar gotas. Televisão, computador, melodia triste a destilar certezas pelo ar. Tudo ligado até que a luz acaba. Molho os pés na poça d água, esbarro no que tem pela frente. Procuro a vela que nunca comprei. Tem isqueiro, acendo um cigarro. Pela janela vejo a outra metade da cidade brilhando. Deve ter alguém lá pra me fazer companhia, tomar uma cerveja, jogar conversa fora.
Acordo de sobressalto. O cigarro fez um buraco no carpete. Devo ter dormido horas, quatro, cinco? Não sei... Costumo ver as horas no relógio daquele prédio, mas hoje esqueceram de ligar, blecaute? Melhor sair, me situar, mas essa hora?
Procuro o molho de chaves. não encontro; claro, está na porta; não, não está. Ao vestir o casaco, lá estão as chaves.
Noite adentro, madrugada, quase dia. Perdi a conta de quantas doses. Agora dança meu bem, dança! Que eu observo seu desespero aqui da minha mesa. Embriagado com palavras não ditas, engolidas, digeridas, nunca vomitadas. Cagadas sim! No escurinho que é pra ninguém ver.
Às vezes ninguém sou eu, você, nós talvez. Alegria, muita alegria! Você e eu compartilhando a mesma taça; ela quebra, rasga ambos os lábios, mas nada de sangue para firmar o pacto. Depois eu durmo. nos seus braços acordo, assustado, banhado em suor. Dois ou três pesadelos. Você afaga, grita nos meus ouvidos (palavras doces). Me afasta cada vez mais pra perto. Não, não e não, você não grita. Sussurra:
- Meu bem, nós somos um. O pão e o vinho - mais vinho do que pão. O milagre da multiplicação.
Terça-feira. Duas da tarde, tudo se repete:
Correndo rua abaixo, você grita, arranca os cabelos, colhe flores no asfalto. Encostado na ambulância eu fumo um cigarrinho. Sedado com o espetáculo. (serei eu responsável por suas escolhas?).
Trancado na jaula da loucura, você velando, dando até os ossos por mim. Paredes pintadas de excremento. Você limpa, jura que tudo vai melhorar, repete várias vezes: “Assim como a dor, às vezes a felicidade também pode ser insuportável.” Portanto, cometa uma atrocidade pra que tudo continue como antes. Nossa inércia depende dessas ações.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Coçar o cu até morrer e/ou eu quero

Eu quero dez desse agora para o pior inimigo.
Eu quero e nunca vou parar de querer.
Eu quero.

Eu sou o que eu quero.
Eu sou você eu mesmo.
Sou e quero.

Não é vingança,
é o pedido da vida por empate.

O equilíbrio é empate:
Sou eu é você.

Mais o somos
Mas somos, fomos e seremos.

Eu sou dez desse agora:
A verdade tola desse aqui.

E do que vem à frente.
Nada além do querer.

Só por isso não me mato.
A consciência de que o cu e a boca são importantes.

Temos que satisfazer
Somos juntos

Nada além desse agora
Aqui e sempre

Nessa bela mijada, nada.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Pequenos abismos.

Pequenos abismos.
Experiência diária de abismos. O noir, o érebo!
Fronteira entre dois mundos. Invisível.
Encontrar-se consigo em meio ao caos da rotina e das máscaras.
Contemplar o irreconhecível e admitir: "Esse sou eu" e não aquele com nome e sobrenome, condenado a passar um tempo que não existe.
Quando a solidão me envolve com seu manto, fujo ao meu encontro.
Irreconhecível, distante. Fica a  realidade, tão abstrata quanto o tédio das noites de domingo. Coloco à prova todos meus objetivos num exercício de auto-afirmação. Eis-me prostrado ante o abismo de minhas inquietações.

sábado, 9 de abril de 2011

Silêncio, que eu to tentando cagar porra! E dar uma cagada as vezes é uma ordem muito maior que a vontade de mudar o mundo.

Aos ouvidos da tolice um arroto até parece uma boa idéia!

quinta-feira, 7 de abril de 2011


É tudo que eu sempre quis: o direito de peidar, cagar e mijar. E ter dinheiro pra comer.

O grotesco fim do nada é o fim do tudo,
somos nada ou somos somente o aqui,
um zero,
um ponto,
um ponto cada vez maior,
um ponto zero
e/ou só um zero.

Somos o que somos,
é por que é por que é pro que é

Talvez uma interrogação viva, sempre o nada.
Sempre preenchendo o vazio do nada.

Por mais cheio, está lá querendo mais:
Mais nada. Um lá como aqui.

Tenho tudo. Mais nada.
Só o hoje e o amanhã, só você
Só todos nós e você
Só agora o aqui
Nunca o lá
Sempre aqui você
Ninguém mais. Mais nada.

Só o hoje e o amanhã
vivendo do passado.

Quem pode nos salvar do nada,
quem somos nós além da existência do porquê somos nós
E, assim mesmo, é você.

Eu sou ele, você é ele, eu sou você como você é ele.
E ninguém quis ser mais eu

Porque é tudo que eu sempre quis
O direito de peidar, mijar e cagar
E ter o dinheiro pra comer.

Você sou eu mesmo não querendo ser
Porque eu sou ele
Ele é você

E é aí que a gente se encontra.
Ninguém quer saber, todos nos deixam:
Eu sou você, e você sabe.



terça-feira, 5 de abril de 2011

DEVANEIOS DE LUZ.

Seis da manhã. Preguiçosa, Luz fica mais alguns instantes na cama. Os primeiros raios de sol invadem o quarto por um pequeno espaço entre as cortinas.  Luz acende um cigarro e vai à janela - seu "observatório secreto". Está nua. Lá fora, a cidade em frenesi. Ônibus abarrotados, nas ruas, carros disputam o tempo num buzinar, acelerar e frear caóticos. 
A janela está fechada. Luz também. Fechada e silênciosa.
Aos poucos, a quietude inunda as ruas e as pessoas. O mundo fica em câmera lenta. Diante de tantas cenas, entre invisíveis e anônimos, um velho de bengala  atravessa a rua. Pombos voam. Uma folha se desprende do galho. Suave flutua,  e pousa com delicadeza no espelho d’água a ser construído na Praça Osório. 
Luz acorda. É segunda-feira. Faltam alguns minutos para o despertador tocar.

sábado, 19 de março de 2011

Angústia de um tabagista.


Preciso de um cigarro! Nenhuma companhia  seria tão agradável nesse momento quanto um cigarro. A madrugada encurta a noite, e uma chuva torrencial desaba lá fora. Aqui dentro, a insônia torna a falta de cigarros angustiante. Eu sairia na chuva pra comprá-los, mas não tem nada aberto nessa praia fria e fora de mão. Isolada pelas chuvas, ninguém entra ninguém sai. Assim determinou a natureza. Já começa faltar alimentos, combustível, dentre outras coisas mais. Deus! Isso está começando a me assombrar; e se faltar cigarros? Não, jamais; cigarros não vão faltar. Sempre tem aqueles  do Paraguai. Não, não pode faltar cigarros, posso agüentar até amanhã, fico aqui acordado andando pela casa.
  Distraido hora com a TV, hora com um livro.
Deito tento dormir. Me masturbo, cochilo um pouco, logo acordo. Esses pernilongos. Reviro o lixeiro, duas ou três bitucas rendem um enroladinho fumável, calmaria... Por pouco tempo, agora sim bate o desespero. Não há mais nada pra fumar mesmo. E se eu ligasse pra alguém, como? O telefone esta mudo. Além do mais não sou íntimo de ninguém nessa cidade... “Maldita hora em que resolvi vir pra cá.” - Adeus pessoal! Fiquem aí no inferno dos pinheiros, vou pra praia, curtir o ar puro, ver  menininhas de biquíni e descansar... Hahahah se deu mal idiota! Nesse momento eles devem estar em algum lugar, tomando cerveja, rodeados de meninas e fumando. Ah fumando! Como eu queria um cigarro. Vontade de beber aquela cachaça que ta na geladeira. Tomar um porre desses de acordar sem saber como veio parar ali. E se não tiver mais cigarro na cidade? As rodovias estão interditadas, pode muito bem faltar, no barzinho aqui perto não tem mais. lembra ontem que tive que buscar lá na avenida? Melhor não beber, imagina acordar de ressaca e não ter um cigarrinho pra rebater. Deveria ter me prevenido, comprado de pacote quando vi a noticia na TV. Não! Amanhã eu compro dois, dois não, três pacotes pra garantir, saber lá quando as rodovias serão liberadas. E se o cartão não passar, será que tem dinheiro no caixa eletrônico? E no banco? Jesus eu não pensei nisso... Ah que vontade de fumar! Tem uma menina de catorze anos fumando no filme, desligo a TV. No romance que estou lendo acendem um cigarro em nome de tudo que deveria ser feito. Maldito seja o fumante que escreveu esse livro. Beat filho da pauta! Eu só quero um cigarrinho, assim que eu conseguir um, será o último, e a última vez que eu me permito ficar sem. Comprarei um maço pra vilipendiar, mostrar o quão mais forte eu sou até a próxima chance. Amém.

sábado, 12 de março de 2011



Toda  noite  me dedico involuntariamente ao mesmo sonho:
Sou uma espécie de burro ou asno,velho e  cansado. Após um dia cheio de trabalho, maus tratos e humilhações, deito-me para sonhar. Sonho que sou um homem. Acontece que no sonho do burro, o eu  homem acorda para trabalhar. E Quando o eu-homem dorme,  o eu-burro é acordado,  e assim fica até que vai dormir novamente.


Ambos os sonhos parecem tão reais!
Questiono:
qual dos sonhadores sou eu, o burro ou o  homem?
 Por um apego aos clássicos que  uso para disfarçar minha ignorância, procurei meu volume de “As obras completas” e comecei a ler A interpretação dos Sonhos.


Minha leitura não foi longe; logo percebi que eu não era nem o asno que sonhava ser homem, nem o homem idealizado, que no entanto era incapaz de sonhar;  mas sim aquilo que ficou perdido entre os dois, e  que neles não possuía existência.



creditos: procura-se o Autor

terça-feira, 1 de março de 2011

Abordagem de rotina.

 A noite convidava para um passeio. O vento forte e o som do mar revolto "chegavam" até a minha casa. amigos esperando na esquina. Duas da manhã, sai como se tivesse um destino
Meu cachorro me acompanhava. corria, farejava, marcando território e latindo aos seus ancestrais caninos. Sentei nas pedras e acendi um cigarro. Permaneci por algum tempo refletindo coisas fúteis. Poeira, sinapses e coisas marinhas, Colombo, Cabral e Stephen hawkin. Dentre tantas dúvidas uma certeza, melhor voltar... Corri com meu cachorro e até rolei na areia.Criança grande, adulto oculto na praia deserta. ( Ou nem tanto).
 No caminho percebi um carro da policia parado a poucos metros do acesso a calçada. Eu necas, segurança por perto. Continuei andando. Dez passos ou mais e o carro já estava ao meu lado. Enquadro inevitável. Parei, me virei, dei uma baforada no cigarro só por desaforo e disse:
-Posso ajudar?

Truculência:
 Encosta no carro!
Vai, abre as pernas, que ta fazendo ai, qual seu nome?
Olha pra mim!
 Abre bem essas pernas “rapá”!
Onde você mora, o que você faz?
 Meu cachorro rosnava, corria em volta deles, quase mordeu as canelas do oficial que me revistava, mas foi repelido por uma tentativa fracassada de ponta pé de outro hábil defensor da lei.
Perguntas e mais perguntas...
Conferidos os documentos, Ensaiaram uma conversa amigável, sobre os perigos de  andar só aquela hora da noite, coisa de policial. De repente, o radio os chamou para mais uma ocorrência, então partiram, destemidos à procura de meliantes. Eu voltei pra casa, feliz com a quebra de rotina. Onde, do conforto do meu sofá, liguei pro traficante de sempre.
Abençoado seja o dellivery.