sábado, 6 de agosto de 2011

NA VERDADE

Na verdade

Sempre, nunca e talvez, juntos numa dança de pequena monta. Zero mais zero modificando a inércia. Uma dança em que você fica parado. “Planta grama se tem cimento”, “faz tudo errado”, “tenta alguma coisa pra não parecer infeliz”, alguém diz:

É você ainda, um alguém tão como você, um você eu

que me chama para o luto na maior alegria,

como se fosse um alívio ser você,

ontem à noite.



Se eu fui você, foi há muito tempo (atrás).

Ontem mesmo era você, ninguém mais na rua, só você.

Só ou você é a mesma coisa. Eu também não sei.

Acho que é assim, um assim mais ou menos, pra menos mas, vai levando devagar, parece querer, mas mais atua, mais segue um caminho inesperado. Não quer nada, quer ser você, por que te admira. Fala nessa boca, tudo suspirado no ouvido por que vem da cabeça, é você lá. Um aqui deeeesse tamanho! Um aqui cada vez mais perto. Dois três

(e vai contado quanto tempo precisa pra...



Eu nunca quis ser você, nunca! Na verdade, eu nem tive escolha, quando me dei conta estava lá, fazendo tudo igual. Somando-se os zeros, talvez, todo esse nada um dia, sempre por vir, venha a ser alguma coisa. Nada. Somente uma trégua entre a paciência de um cigarro fumado como se fosse o último e a tempestade que chega inundando o enésimo andar de nossas vidas com a vontade de mais e mais. Mais o ques? Nada! Tudo? Tudo esta por vir, virá. Eu era você ontem à noite,. Tentei disfarçar, e você esquecer. Justiça seja feita, somos feitos a imagem e semelhança
Menos eu sou você.