segunda-feira, 23 de maio de 2011

Coçar o cu até morrer e/ou eu quero

Eu quero dez desse agora para o pior inimigo.
Eu quero e nunca vou parar de querer.
Eu quero.

Eu sou o que eu quero.
Eu sou você eu mesmo.
Sou e quero.

Não é vingança,
é o pedido da vida por empate.

O equilíbrio é empate:
Sou eu é você.

Mais o somos
Mas somos, fomos e seremos.

Eu sou dez desse agora:
A verdade tola desse aqui.

E do que vem à frente.
Nada além do querer.

Só por isso não me mato.
A consciência de que o cu e a boca são importantes.

Temos que satisfazer
Somos juntos

Nada além desse agora
Aqui e sempre

Nessa bela mijada, nada.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Pequenos abismos.

Pequenos abismos.
Experiência diária de abismos. O noir, o érebo!
Fronteira entre dois mundos. Invisível.
Encontrar-se consigo em meio ao caos da rotina e das máscaras.
Contemplar o irreconhecível e admitir: "Esse sou eu" e não aquele com nome e sobrenome, condenado a passar um tempo que não existe.
Quando a solidão me envolve com seu manto, fujo ao meu encontro.
Irreconhecível, distante. Fica a  realidade, tão abstrata quanto o tédio das noites de domingo. Coloco à prova todos meus objetivos num exercício de auto-afirmação. Eis-me prostrado ante o abismo de minhas inquietações.